terça-feira, 2 de abril de 2013

A arte do desapego

Segundo o Wikcionário, desapego significa: falta de afeição, desinteresse.
Mas que bom seria (!) se conseguíssemos fazê-lo quando dizem-nos que é absolutamente necessário, ou, pior, quando sabemos disso.
Infelizmente, nada é tão simples...
É preciso extrema força de vontade para "matar" desejos, sentimentos, anseios, rotinas, ...; e geralmente esta é a melhor opção.
Sofrimento em vão é uma situação que todos os seres humanos estão sujeitos a vivenciar. "Faz parte".
Com o passar do tempo, contabilizando anos a mais de experiência, vamos aprendendo a lidar melhor com isso (ou não).
O fato é que estar vivo implica em aceitar desafios.
Situações que muitas vezes fogem do controle, soluções que voam para longe de nosso alcance. Tudo parece negro, a obscuridade causa aflição.
Amor, amizade, trabalho, estudo, lazer. Querendo ou não, tudo com que nos envolvemos corre o risco de resultar em problemas. Muitas vezes não se tratam de consequências de nossos atos, e sim de sequências. Simplesmente não havia o que ser feito para impedir que chegasse naquele ponto.
São momentos assim que exigem maturidade e capacidade de aceitar e buscar mudanças necessárias.
Lutar por aquilo que é melhor pra si.
Ouvi uma frase em um filme, que se refere de forma genial a isso: "Para aqueles que lutam por ela, a vida tem um sabor que os que se protegem jamais provarão."
A verdade é essa, comodismo gera infelicidade. Devemos correr atrás de nossos sonhos, ou mesmo criá-los. Escolher o que julgamos que nos fará bem. Conciliar razão e emoção em todos os setores e seguir em frente. Desapegar-se de negativismos e torcidas contra. Aceitar que muitas vezes o interesse se perde e não há o que fazer.
E, por fim, matar e enterrar tudo que se opor ao seu sucesso.

Viviane Lauck

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Expectativas

Expectativas...
Ter ou não ter, eis a questão.
(Que Shakespeare me perdoe pelo 'trocadilho'.)
Pois bem, cá estou, carinhosamente dedicando meu tempo para escrever sobre algo que todos tem, embora muitos insistam em negar.
Presentes nos mais diversos setores: trabalho, amor, estudo, hobbies, exercícios. Promessas enfim, alheias e próprias.
As tais expectativas.
Como tudo na vida, dependem do ponto de vista para serem positivas ou negativas.
O lado ruim está no fato de que as criamos, as alimentamos e muitas vezes alguém surge e as mata. ELAS, as nossas expectativas... Que vinham tão lindas crescendo e trilhando seu caminho. O problema, nesse caso, é que temos a tendência de criar GRANDES expectativas sobre tudo. Uns dizem que isso é bom, positividade (uhul!), mas nem sempre. Talvez por isso a maioria opte por intitular-se 'realista', quando enxerga apenas a pior coisa que pode acontecer. Portanto, são negativas quando não resultam no que esperávamos, ou pior: nem próximo disso.
Já o lado bom de tê-las está justamente no sucesso das mesmas. A sensação de algo transcorrer exatamente como você esperava, quiçá melhor, é uma das mais maravilhosas que existem!
Mas, para sentir 'tal' euforia, é necessário arriscar ter as 'ditas' expectativas.
Riscos, expectativas, pensamentos, sonhos... Tudo isso é VIVER.
Não tenha medo de praticar!
Tenhamos expectativas sim, as melhores se possível (!). Se algo ocorrer mal, insista naquilo se realmente desejar, ou mude seus planos (por quê não?).
Positivismo é bom, mas pode fazer com que o tombo seja maior... Realismo NÃO É esperar sempre pelo pior... Isso é argumento de pessoas 'negativas' mesmo.
Portanto, meus queridos, doem-se!
"Desejem o melhor, receiem o pior e aceitem o que vier."

Viviane Lauck

sábado, 12 de janeiro de 2013

Embalos de um sábado à noite

Texto encontrado nos rascunhos do blog. Escrevi em algum dia do primeiro semestre de 2012.

Pois bem.
Opa, espera um pouco!
Viviane em casa em um sábado à noite?!
Sim, exato.
O motivo disso é um certo desânimo para sair, gripe e coisas a fazer.
Não sei ao certo o que é melhor, sair no sábado e não ter tempo de fazer nada além de se divertir (? há controvérsias nisso); ou então ficar em casa com a família (que raramente vejo durante a semana) e colocar em dia meus afazeres (é, é, há controvérsias aqui também).
Mesmo porque, vejam bem. Estou em casa, no sábado, e NÃO estou colocando em dia as minhas coisas porque estou desanimada. Wtf? E agora, José?
Enfim, vamos ao assunto então: embalos de um sábado à noite.
Existe algo melhor do que sair para descontrair, divertir-se, rever os amigos? Pode até existir, mas que é ótimo fazer isto, é!
Geralmente, por mais exaustiva que tenha sido minha semana, o final de semana tem a incrível habilidade de me revigorar. Por mais que eu saia às 23hs e retorne as 6hs, eu chego em casa com uma energia quase que inexplicável. Como se fosse uma bateria que é recarregada no período que fico 'à toa' fora de casa.
Mesmo que durma pouco, qualquer 'saidinha' me deixa feliz.
Quando não saio por estar 'desanimada' deveria haver um imã que me arrastasse para rua, pois ficar dentro de casa só me traz ainda mais desânimo. E às vezes desespero.
Se não houver possibilidade mesmo de sair no sábado, acabo saindo no domingo à tarde. Amigos me trazem revigorantes a qualquer horário.
O grande problema é se fico em casa o final de semana inteiro... Eu já trabalho a semana inteira esperando pelo final dela (não devo ser somente eu) e não aproveito esse espaço de tempo pra descansar a mente. Aí eu já começo a semana cabisbaixa e termino ela pior ainda...
Portanto, bora sair sempre que possível, certo?

Viviane Lauck

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sonhos?!

Tenho um certo artefato de porcelana (este da foto), o qual possui uma bola de vidro com água e purpurinas quadradas dentro. Esse objeto é semelhante àquelas bolas de natal que possuem "flocos de neve" dentro. Confesso que tenho enorme fascínio por tais objetos.
Sabendo disso, no meu aniversário de 16 anos, minha adorada mãe me surpreende com esse objeto em cima do bolo. Obviamente fiquei muito feliz e agradecida.
Há um tempo atrás escrevi um texto parecido com este, no qual eu comentava do sentimento que esse bibelô me traz. Sinto como se tivesse todos os meus sonhos em minhas mãos. Ali, cada purpurina daquelas que estão flutuando na água, significa um de meus sonhos.
Assim como esse objeto... e os meus sonhos... podem estar em minhas mãos, eles também podem estar nas mãos de qualquer outra pessoa. E o mesmo efeito que ocorre com essa porcelana, acontece com meus sonhos.
Um ser humano qualquer aparece, acha o objeto bonito, e tem a tendência de sacudi-lo, para ficar olhando as lindas purpurinas quadradas executarem sua magnífica dança. A bola de vidro com água brilha de forma esplendorosa durante algum tempo, mas depois os tais brilhos minúsculos começam a aquietar-se e a voltar ao seu ponto de origem: a superfície, o fundo da água. E ficarão lá até que alguém tenha vontade de mexer no objeto novamente.
Sinto como se exatamente o mesmo ocorresse com meus sonhos. Alguém ou algum acontecimento vem e os "sacode", dando-me esperança de realizá-los. E, assim como as purpurinas dificilmente conseguirão penetrar na bolha de ar que fica em meio a água, meus sonhos dificilmente se tornarão realidade. Depois de algum tempo, meus sonhos também voltam a ficar quietos, intactos, no fundo da minha alma. E acalmam-se até que outra pessoa venha movimentá-los novamente.
Assim como eu desejo que alguma purpurina consiga entrar na bolha de ar, eu espero que algum dos meus sonhos se torne realidade, independente do suor e do esforço que forem necessários para tal.
Enquanto isso, o artefato também fica esperando ser tocado...

Viviane Lauck