domingo, 6 de fevereiro de 2011

Clube da Luta


Então, venho aqui comentar sobre um filme, visto por muitas pessoas, que eu particularmente tive a oportunidade de ver somente agora.
Como estou de férias, costumo ficar até tarde fazendo meus artesanatos, na sala, olhando televisão.
Estava eu na sala de estar, olhando televisão por tabelinha, quando, de repente, é anunciado no "Corujão" da Rede Globo o filme que está prestes a começar: "Clube da Luta".
Disse a mim mesma: "Não acredito...".
Tantos amigos meus mencionavam esse filme e eu ainda não havia visto.
Bom filme para terminar de ver as 4h30 da manhã...
Enfim, agora que vi, posso dar minha opinião a respeito.
Achei este um filme muitíssimo interessante.
Bastante questionável também, por imaginar o personagem principal, Jack, vivendo várias situações com ele próprio, idealizando ser uma outra pessoa, Tyler.
É um filme com lutas clandestinas muito interessantes, bastante agressivas em determinados momentos, e que ao longo do filme vão adquirindo cada vez mais integrantes.
É formado o tal "Clube da Luta", que deveria funcionar 'por debaixo dos panos'.
Ao final do filme, Jack acaba percebendo então que o Tyler era ele mesmo, em sua face oculta, seu lado negro; situação semelhante a um transtorno bipolar (mas, com certeza, bem mais elaborado).
Sem descrever todo o filme, gostaria de comentar a questão que veio a mim depois de ter visto o filme. Lutar contra si próprio.
Acredito que muitas pessoas devem ter feito ou deveriam fazer o mesmo. Obviamente não da forma como ocorre no filme ou com tamanha dimensão, mas deveriam.
Pessoas que possuem rotinas indesejáveis, não se conformam com o seu perfil de vida ou mesmo com a sua personalidade.
Estas sim deveriam lutar contra isso, criar novas faces de si mesmos; ou até mudar por completo.
Particularmente, eu fiz isso.
Passei muitos anos submissa a 'bela imagem que uma professora deve ter'. Primeiro era CDF no Ensino Fundamental, depois passei a precisar ser ainda mais correta quando entrei no Magistério.
Contudo, eu agradeço, a toda vida que levei até então.
O Magistério me fez criar coragem de me enfrentar.
Hoje sim eu sou quem eu queria ser naquele tempo que me intitulavam CDF e que se aproveitavam de minhas notas boas para se 'escorarem' em mim.
Hoje sou eu mesma, sem controvérsias.
Sem dar maiores detalhes, gostaria de esclarecer: eu tive minha luta com as minhas diversas faces, tive momentos em que também não me reconheci, mas tudo valeu a pena. Agora encontrei a minha média, não sou muito rebelde, mas também não sou mais submissa.
Hoje sou quem eu sempre quis ser.
Viviane Lauck