quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pra não dizer que não falei das flores



Primeira postagem de 2012 então (ráááá, o ano do fim do mundo, o/).
Fazia tempo que não escrevia nada aqui, e, na verdade, eu sempre tenho várias ideias e pensamentos que poderia transcrever para cá, porém, falta um detalhe importante: tempo. Vou tentar arranjá-lo com mais frequência para tal...
Embora quase ninguém leia o que eu escrevo, gosto muito de escrever.
Ao assunto do título entonces.
Há pouco tempo atrás, peguei o ônibus para voltar do serviço.
Eis que entra no ônibus uma mulher com um buquê de flores.
Eram flores simples, um buquê pequeno e quem as segurava era uma mulher 'fora dos padrões de beleza estipulados pela sociedade'.
Sentou-se no banco a minha frente.
Me lembrei de quando fiz 17 anos e meu queridíssimo amigo Rafa, mandou entregar um buquê de rosas (este da foto) pra mim, no colégio onde eu estudava.
Se ele queria que eu me sentisse importante, conseguiu.
O monitor do colégio chegou batendo na porta, pedindo pra falar com a Viviane. Minhas colegas de imediato 'Qual delas?!' (é, tinha mais de uma na turma, tinha três na verdade).
"Ah, Viviane Lauck"
Naturalmente estranhei.
Cheguei na porta da sala e o monitor me entregou, este lindíssimo buquê. Eu recebi, tremendo de nervosismo.
Me senti realmente especial, sem dúvida, um dos presentes mais lindos que já ganhei.
Agora voltando a mulher do ônibus.
Eu a observava, e outros tantos deviam tê-la observado também, simplesmente por ela estar com um buquê.
Nesse momento, eu me lembrei de mim mesma.
Enquanto outras pessoas veem as mulheres com buquês de flores na rua e criam várias teorias a respeito (de quem aquela pessoa recebeu o presente, por que, com quais intenções, por que são flores brancas e não vermelhas, por que são margaridas e não rosas, por que ELA recebeu isso e não eu, por que?), a dama que foi presenteada não está NEM AÍ para isso.
Ela sabe porque ela ganhou aquele presente, de quem, e mesmo que não saiba com certeza, terá suspeitas, o que torna os fatos ainda mais interessantes.
Quando se tem um buquê em mãos, não importa o motivo pelo qual ele foi entregue, quem entregou, como entregou, como ele é, quanto custou, ...
A única coisa que importa, é que a mulher mais importante do mundo, ganhou um buquê de flores.

Viviane Lauck