Dia dos Avós, coisa boa! Um momento em que os netos postam fotos com seus ascendentes, parabenizam-os, procuram, fazem ligações.
Mas, como lidar com essa data comemorativa quando não se tem mais para quem ligar? Ou mesmo abraçar?
Eu, sem avós vivos, me sinto meio triste. Cada foto que vejo na timeline do Facebook soa como uma facada no meu peito. Parece que uma geração toda da minha família não está mais presente. Somos atualmente uma família de duas gerações, somente pais e filhos (meus pais, eu e meu irmão), e a 'terceira' geração penso que esteja bem longe de voltarmos a ter.
Ao mesmo passo que tive avós extremamente presentes na minha vida, se torna difícil a ausência deles.
Meu avô materno, Guilherme, não conheci, já era falecido. Meu avô paterno, Ivo, tive pouca convivência, faleceu há 20 anos ou mais.
Até meus 17 anos fui gratificada com a presença dos outros três avós. Sim, três, minha avó materna havia casado novamente com o homem que eu sempre reconheci como avô.
Há 2 anos, meu avô de coração, Reynaldo, teve um mal estar, ficou poucos dias no hospital e não resistiu. Dele sinto bastante falta. Queria que ele pudesse acompanhar minhas conquistas, que visse o apartamento que comprei perto da casa deles. Imaginava um futuro completamente diferente, onde iria visitá-lo bem velhinho, e faria companhia, com longas conversas tomando chimarrão e ouvindo seus incansáveis conhecimentos gerais sobre o mundo. Obrigada por tudo, vô. Gostaria que tu pudesse ver, troquei o teu carro por um mais atual, bem bonito, acho que tu ia gostar :) Tenho um bibelô de caveira, havia comprado para colocar no teu carro, mas não me adaptei, peço desculpas =/ Mas esse objeto acabou se tornando meu meio de conversa contigo, espero que tu me ouça quando converso com ele.
E, por fim, em março deste ano, minha avó, Walmy, que vinha passando por maus bocados há
Por fim, sigo aqui, uma órfã de avós.
São diversas fotos com vocês, decisão árdua escolher uma só para cada um. Achei melhor dar ênfase para aquelas que deixam evidente o carinho e afeto que tínhamos um com o outro, independente da época das mesmas.
Aproveitei sim muitos momentos ao lado de vocês, familiares queridos, mas infelizmente é chegada a hora de aceitar a despedida e seguir minha vida, com eternas saudades e a certeza de que todos vocês olham e torcem pelo sucesso e pela felicidade do restante da pequena família que segue por aqui nesse mundo.
Viviane Lauck
Um comentário:
Abri tua postagem por ter me identificado com a independência de morar sozinha e acabei me deparando com essa linda e parecida historia...minhas duas avós a de pai morou sempre longe mas sempre presente e a por parte de mãe bom posso chamala de mae tbm desde q nasci morei com ela e qndo sai de ksa fiquei longe por uns meses mas logo tratei de arrumar uma moradia mais perto pra poder ajudar a cuidar dela...enfim a dois meses minha avó paterna faleceu sem q ninguém esperasse um choque uma tristeza sem tamanho,sem contar q a vo Anita ja estava no hospital tbm lutando contra tantas complicações...estava difícil ja tudo aquilo...13 dias depois akela ligaçao no meio da noite q qm tem alguem na uti nunca quer ouvir seu telefone tocar em horario incomum...o meu mundo caiu fiquei sem chao e ainda tinha q estar firme do lado da minha mae...a notícia q jamais deixara de doer...minha Vozinha nao tinha resistido e tinha partido tbm...pois eh ai eu me vi sentido a dor mais horrivel ate hj dois dias antes de completar seus 87 anos ela nos deixou e foi morar la no céu...minhas duas avós elas q nasceram no mesmo dia e faziam a mesma idade me deixaram quase juntas tbm...enfim Vivi tudo isso pra te dizer q teu texto foi o mais lindo de todos,me emocionei confesso...fazem dois meses q perdi minhas lindas mas o q vivemos e o q me ensinaram jamais deixarão minha memória. Obrigada por me proporcionar essa leitura e parabéns.bjo Grazy
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