segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Segunda-feira muito louca

Talvez o título já entregue um pouco do assunto sobre o qual vou dissertar. O filme Sexta-feira muito louca, ao qual assisti hoje à tarde, me remeteu à uma série de pensamentos que não haviam mais me visitado.
O que eu queria ser e imaginava para mim quando tinha 15 anos, e o que sou hoje, 9 anos depois.
Eu queria ser a menina do filme (que, na verdade, foi lançado em 2003, há 13 anos). Queria um cabelo como o dela, queria me vestir da mesma maneira, queria tocar guitarra tão bem quanto, e, obviamente, queria um namorado tão bonito quanto o dela (que, por acaso, coincide com minhas preferências físicas, hahahaha).
E, bom, eu não era ela e não me tornei ela. Mas, em partes, me tornei quem eu gostaria de ser.
Fui em busca de uma versão melhorada de mim mesma, aquela que eu realmente almejava ser.
Creio que o meu 'marco' tenha sido um pouco antes, não sei dizer a idade com exatidão e nem qual foi o fator decisivo.
Eu realmente mudei a maneira de me vestir, para algo que me agradava e fazia com que eu me sentisse bem, passei a escutar muito mais rock (algumas bandas até por influência do filme, Dire Straits, por exemplo), comecei a modificar o cabelo algum tempo depois (e consegui alguns namorados bonitos também, hahaha).
Mas, a realidade que me vem à mente é aquela que mostra as coisas que eu não consegui fazer e acabei deixando de lado.
Comprei a guitarra, com 15 anos justamente. mas aprendi a tocar muito pouco. Pouco esforço e dedicação, verdade... Mas é algo que acabou 'faltando' na minha vida. Saber tocar bem, ter uma banda de rock, ficaram só na minha expectativa adolescente... Sinto falta. Desses desejos, sonhos, vontades, inspirações.
O que eu sou hoje em dia? Uma mulher, de 24 anos, que alcançou alguns objetivos (difíceis, é verdade), mas que, infelizmente, caiu em um buraco negro envolto por estudos, ascensão profissional e dinheiro. Isso não é algo de todo ruim, porém, destrói os sonhos, que hoje em dia não tenho e sinto não ter mais idade para me permitir tê-los.
Sinto orgulho sim, de ser uma 'rockeira' adulta, mulher decidida, provocadora e independente, contudo, ainda 'falta'. No dia-a-dia, me permito só ser a profissional, eventualmente a amiga, a amante... Mas, por onde anda a adolescente que sonhava?
Será que eu deveria partir em busca dela?

Viviane Lauck

2 comentários:

Unknown disse...

Pois eh... somos muitos os que abandonam os sonhos para alcançar a liberdade, ter seu canto proprio, seu sustento... Tbm não sonho mto, mas me coloco pequenos objetivos e vou em buscar deles...

Viviane Lauck disse...

Pois é, Jo, realmente... hehehe. Tbm tenho pequenos objetivos e vou em busca deles, mas 'sonhos' não me cabem mais =/